Ocorreu no SETAF Litoral Sul, no município de Itabuna, nesta terça 28/06, uma reunião de nivelamento motivada pela necessidade de divulgar o processo de certificação participativa que vem sendo realizado na região e articular as ações de ATER visando o seu fortalecimento. A conversa foi articulada pela BAHIATER e contou com a presença de representantes das empresas executoras das chamadas públicas de ATER, Cooperativa de Desenvolvimento Territorial (COOPERAST) e Instituto Cátedra, assim como de representantes da Rede de Agroecologia Povos da Mata Atlântica – responsável pelo processo de certificação participativa, a Associação de Agroecologia Povos da Mata Atlântica do Sul da Bahia de Certificação Participativa, o NEDET e o Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica (OCA).
Na ocasião, a BAHIATER apresentou a campanha realizada pelo governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), “Alimentos Saudáveis. Bom para você, melhor para o mundo”, que estimula o consumo consciente de alimentos sem veneno produzidos pela agricultura familiar. A Rede de Agroecologia apresentou o funcionamento e as ações realizadas durante mais de um ano para criação de um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica – OPAC na região. Hoje esta rede possui, como membros fornecedores, cerca de 260 agricultores familiares organizados em grupos produtivos nos municípios de Maraú, Itacaré, Uruçuca, Ibirapitanga, Ilhéus, Arataca, Santa Luzia e Pau Brasil, tendo como organizações de representação o MLT, CETA, MST e Associações de Agricultores e, como membros colaboradores, organizações da sociedade civil como o Instituto Arapyaú, Mecenas da Vida, Instituto Cabruca, CEAS, OCA, OCT, além de consumidores individuais e coletivos.
A realização de feiras orgânicas locais nos municípios de Maraú (comunidades de Algodões e Piracanga), Itacaré (na Estação Orgânica e uma organizada pela Associação Embaúba), Uruçuca (distrito de Serra Grande) e Ilhéus (sede e na UESC) estão entre as estratégias de comercialização da produção orgânica realizadas. Seus produtos também estão sendo vendidos na forma de cestas, onde as demandas, preços, logísticas de distribuição e pagamento das cestas são definidos e articulados. Também contam atualmente com 02 estações orgânicas (Itacaré e Serra Grande-Uruçuca), que são como entrepostos, espaços para recebimento e entrega das cestas e venda de produtos orgânicos da rede e de outras afins, como a Rede Ecovida.
Ao final da conversa foi possível identificar quais comunidades envolvidas nas ações da Rede de Agroecologia já estão sendo atendidas pelas ações de ATER promovidas pelo governo do Estado. Ficou claro que todas as organizações presentes almejam o fortalecimento da agroecologia na produção de alimentos saudáveis e que ações como as promovidas pela Rede de Agroecologia são muito positivas para o Território e merecem ser apoiadas. Os próximos passos serão a ampliação do diálogo estabelecido, com o envolvimento de outros atores, o fortalecimento das ações de comercialização e a apresentação de resultados.
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